Rios de Sangre, Guayasamin |
Hoje passamos por um terremoto em Quito. Nada agradável. Eram pouco mais das nove da manhã, eu estava fazendo meu pipi matinal, sentado, que é como minha mulher me obriga, quando comecei a sentir o banheiro tremendo. Forte. Saí imediatamente do quarto e desci correndo as escadas seminu. Quando sai para o outro lado da rua, vi o meu hotel parcialmente demolido. Que susto, foi por pouco.
Tá, tá bom, não foi tanto assim, mas foi quase... Tivemos um terremoto de verdade, segundo me informaram o epicentro foi no Peru, eu realmente estava no banheiro, mas em cinco segundos passou o tremor. Também é fato que nestes longos cinco segundos me perguntei o que devia fazer; se sair correndo, se esperar, se o prédio ia desabar. Decidi terminar de fazer o que estava fazendo e depois descer. Mas... E se eu fizesse de fato o que descrevi, descendo as escadas de cueca? Teria pagado um mico..., mas e se o tremor fosse mais forte? Bom, então quem sabe sair correndo teria me salvado. E estar de cueca passaria desapercebido. Boa metáfora! Nem sempre sabemos quando devemos tomar decisões e agir rápido ou apenas esperar que o terremoto passe...
Plaza Grande, Centro de Quito |
Bom, depois desta experiência de quase morte, saí para a rua. Fui ao Centro Histórico de Quito pela segunda vez na semana, mas desta vez de dia, com tempo e relaxado. Este Centro Histórico é conhecido como um dos maiores e mais bem preservados do continente. Praças, Igrejas, comércio, prédios públicos, gente. Uma parte restaurada, mas mesmo a que ainda não está é bonita. Fui a algumas Igrejas. Dentre outras fui às mais visitadas, que são as de São Francisco e da Companhia de Jesus. Suntuosas, pintadas a ouro, tudo isto que caracteriza boa parte das Igrejas Católicas. Não pude deixar de lembrar a minha recente visita aos templos no Sudeste Asiático, na imagem do Buda sereno e ate sorrindo, contrastando com a do Cristo sofrendo, triste, crucificado.
Igreja de São Francisco, Quito |
Depois de perambular pelo Centro Histórico fui para a Capilla del Hombre (http://www.capilladelhombre.com), um Museu, onde se encontram as obras de maior tamanho, tipo mural, e o corpo de Guayasamin, o pintor mais famoso aqui do Equador. Legal, pena que a Fundação Guayasamin, onde está a maioria de suas obras, estava fechada hoje.
Daí fui para a Praça Foch, lugar onde se concentram turistas e locais, restaurantes e cafés. Para matar a saudade de comida Brasileira, fui a um restaurante Italiano. Enquanto comia algo e tomava uma cervejinha, em um sábado de sol pela tarde, acompanhei pela net a vitória do Botafogo. Ótimo programa.
De noite fiquei no hotel arrumando mala, me preparando para outra semana, outro lugar, outras comidas, piadas, gírias, formas de trabalhar, de entender a tal da agroecologia. Não gosto de emendar uma viagem com outra, mas desta vez não teve jeito. Vou nessa. Para Costa Rica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário