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sábado, 29 de outubro de 2011

Equador, 29 de outubro de 2011.

Rios de Sangre, Guayasamin
Hoje passamos por um terremoto em Quito. Nada agradável. Eram pouco mais das nove da manhã, eu estava fazendo meu pipi matinal, sentado, que é como minha mulher me obriga, quando comecei a sentir o banheiro tremendo. Forte. Saí imediatamente do quarto e desci correndo as escadas seminu. Quando sai para o outro lado da rua, vi o meu hotel parcialmente demolido. Que susto, foi por pouco.
 Tá, tá bom, não foi tanto assim, mas foi quase... Tivemos um terremoto de verdade, segundo me informaram o epicentro foi no Peru, eu realmente estava no banheiro, mas em cinco segundos passou o tremor. Também é fato que nestes longos cinco segundos me perguntei o que devia fazer; se sair correndo, se esperar, se o prédio ia desabar. Decidi terminar de fazer o que estava fazendo e depois descer. Mas... E se eu fizesse de fato o que descrevi, descendo as escadas de cueca? Teria pagado um mico..., mas e se o tremor fosse mais forte? Bom, então quem sabe sair correndo teria me salvado. E estar de cueca passaria desapercebido. Boa metáfora! Nem sempre sabemos quando devemos tomar decisões e agir rápido ou apenas esperar que o terremoto passe...
Plaza Grande, Centro de Quito
 Bom, depois desta experiência de quase morte, saí para a rua. Fui ao Centro Histórico de Quito pela segunda vez na semana, mas desta vez de dia, com tempo e relaxado. Este Centro  Histórico é conhecido como um dos maiores e mais bem preservados do continente. Praças, Igrejas, comércio, prédios públicos, gente. Uma parte restaurada, mas mesmo a que ainda não está é bonita. Fui a algumas Igrejas. Dentre outras fui às mais visitadas, que são as de São Francisco e da Companhia de Jesus. Suntuosas, pintadas a ouro, tudo isto que caracteriza boa parte das Igrejas Católicas. Não pude deixar de lembrar a minha recente visita aos templos no Sudeste Asiático, na imagem do Buda sereno e ate sorrindo, contrastando com a do Cristo sofrendo, triste, crucificado.
Igreja de São Francisco, Quito
 Depois de perambular pelo Centro Histórico fui para a Capilla del Hombre (http://www.capilladelhombre.com), um Museu, onde se encontram as obras de maior tamanho, tipo mural, e o corpo de Guayasamin, o pintor mais famoso aqui do Equador. Legal, pena que a Fundação Guayasamin, onde está a maioria de suas obras, estava fechada hoje. 
 Daí fui para a Praça Foch, lugar onde se concentram turistas e locais, restaurantes e cafés. Para matar a saudade de comida Brasileira, fui a um restaurante Italiano. Enquanto comia algo e tomava uma cervejinha, em um sábado de sol pela tarde, acompanhei pela net a vitória do Botafogo. Ótimo programa.
De noite fiquei no hotel arrumando mala, me preparando para outra semana, outro lugar, outras comidas, piadas, gírias, formas de trabalhar, de entender a tal da agroecologia. Não gosto de emendar uma viagem com outra, mas desta vez não teve jeito. Vou nessa. Para Costa Rica.

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