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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

La Paz, 21 de novembro de 2011

Plaza Murillo
Estou aqui em La Paz para um evento sobre Sistemas Participativos de Garantia (SPG). Um pouco diferente esta viagem, porque neste caso não estou como convidado, mas sim como um dos organizadores do evento. Isto porque coordeno uma articulação que chamamos Foro Latino-americano de SPGs. E aqui, na Bolívia, está uma das organizações membros deste Foro, a Associação de Organizações de Produtores Ecológicos de Bolívia (AOPEB). Passei os últimos meses preparando este evento, junto com o pessoal daqui. Viva a internet!
Acordei muito melhor hoje do mal de altura. Como me disseram, 24 horas são suficientes para se adaptar. Claro, estou andando devagar, não exagerando na comida, já que a digestão se põe mais lenta. Mas no geral, estou bem.
De manhã trabalhei no meu quarto, mas ainda pude encontrar um tempo para passear um pouco pela cidade. Peguei um táxi, que aqui são baratos, e fui a Plaza Murillo, a principal de La Paz. Como principal sempre devemos entender estas praças estilo medieval, secas, cercada pela Igreja, pelo poder político (neste caso a Assembleia Legislativa) e pelo comércio. Os três poderes. Eu poderia acrescentar um quarto poder, que são os pombos. Atraídos pela comida farta, vendida por ambulantes para crianças e adultos, tomaram a praça para eles. Não sei se é falta de sensibilidade minha, mas os tais pombinhos, às centenas, deixam o espaço menos agradável.

Feira em La Paz
Depois de comer em um restaurante local, com quatro amigos que estão aqui para o evento, um Boliviano, um Sueco, uma da Malásia e um da Tanzânia, ainda fomos visitar uma feira de rua, bem legal. Variedade de tubérculos  chás, condimentos  folhosas. No meio da tarde nos buscaram no hotel para irmos ao local do evento, onde estou agora. Uma cidadezinha pequena, 40 minutos de La Paz, chamada Achocalla, com uma altitude semelhante à de La Paz. Um hotel bem modesto. Peninha, eu estava como um rei no outro hotel. Não me queixo da falta de frigobar, TV ou internet, mas sim me faz falta um aquecedor no quarto e um banho quente. 
Monte nevado Potosi
O chuveiro elétrico é absolutamente impotente diante de uma água que desce dos paramos nevados a mais de 5000 metros de altitude. Mas isto do banho eu só confiro amanhã, hoje passo, já tomei o do dia.             Para compensar, o local é muito tranquilo, meio rural, com o mesmo visual interessante de montanhas secas, sendo algumas delas com picos nevados. Muitos chegam hoje, outros chegam ainda nesta madrugada. Mais uma vez o prazer de rever amigos e conhecidos de diferentes lugares do continente. Amanhã, a primeira palestra é minha, além de ter que fazer toda a moderação do evento. Melhor dormir. Ou tentar, sinto que neste frio, com este colchonete sobre o estrado, dormir vai ser uma tarefa difícil.

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