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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Deli, 12 e 13 de novembro de 2017.

Um dos ministérios na zona governamental, Delhi.
Os dois dias de Assembleia, ontem, domingo 12 e hoje, segunda 13, correram sem grandes emoções. Na Assembleia, os assuntos democráticos pertinentes à IFOAM, definições para ações nos próximos três anos, eleição do World Board e, como de praxe, definição da próxima sede do Congresso. Será no norte da França, em 2020. Bom...
Vandana Shiva
Digo sem grandes emoções, mas não sem nenhuma emoção. Afinal, Délhi por si só é emocionante. Encontramos tempo para algum passeio. No domingo nosso motorista do riquixa (tuc-tuc em uma linguagem mais internacional) nos levou por uns dólares a mais para visitar a região onde fica o parlamento, casas do presidente e do primeiro ministro e os ministérios mais importantes. São todos palácios enormes, lindíssimos, construídos pela Inglaterra para seu séquito imperial e que hoje sediam o Governo Indiano. Uma suntuosidade de impressionar.
Hoje pela tarde fomos rapidamente visitar o Indian Gate. Um monumento construído depois da primeira grande guerra como forma de homenagem aos combatentes indianos. Foram lá morrer pela Inglaterra...
Delhi e seus macacos, pelas ruas
Vir à Índia necessita uma certa ciência. Se você se incomodar com muita gente ou com a vontade deles em ganhar um pouco mais em uma venda ou em uma corrida de táxi ou algo equivalente o estresse pode ser grande. Te pressionam bastante. O segredo óbvio é não se estressar. É o que eu faço! Perguntam, eu respondo, colocam um preço eu negocio, se achar caro vou em outro. Além disto os preços aqui são muito baratos, e por vezes me vi negociando um táxi de 150 para 100 rúpias, o equivalente a se preocupar com uma diferença de sete para cinco reais... seguramente melhor que estes dois reais fiquem com eles do que comigo... nesta linha de raciocínio fico me perguntando: se negocio com um artesão ou com um chofer uma abatimento de 15 para dez reais, não sou eu que me faço o explorador? Acho que sim...
Cena Urbana, um pequeno Templo indiano
Outra fonte potencial de estresse ou que podem deixar a viagem desagradável são os pedintes nas ruas. Lixo por todo lado também não é muito bom de ver. Encontrar-se com alguns enfermos na rua nunca é um bom programa... cheiro em muitos lugares também pode incomodar... vacas na rua, não por elas em si, mas porque elas também urinam e defecam sem pedir licença... tem mais...
Então, minha sugestão: quer vir a Índia, lê um pouco antes para não passar o dia todo reclamando do que encontrar por aqui. Um alemão amigo meu me respondeu ao meu “tudo bem?”: “tentando sobreviver ao caos”. Minha olhada sempre tenta ser outra, mesmo que às vezes eu também me pegue reclamando de algumas das coisas que mencionei acima. Tento olhar a beleza da organização em meio ao caos, da relativa segurança, da amabilidade de todos, mesmos os que te cobram muito a mais do valor da mercadoria ou serviço. Não dá para vir para Índia e reclamar da comida e seus condimentos o tempo todo. Quer uma comida blasé ou minimalista? Tenta a Noruega...
Porta da Índia
Estou eu aqui defendendo a Índia... acho que porque me cansei de tanta gente falando mal dela aqui no Congreso. Sei que ela, a Índia, não precisa da minha defesa, mas mesmo assim me coloco à disposição... estar aqui é uma oportunidade muito interessante.

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