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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Nova Delhi e Agra, 07 de novembro de 2017.


Olha o grau... eu no Taj Mahal...
Cheguei hoje pela amanhã em Nova Délhi. Ficarei doze dias aqui entre o Congresso Mundial de Agricultura Orgânica e a Assembleia da IFOAM, a Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica. E algum passeio, afinal estou na Índia.
Taj Mahal, vista de trás.
Meu voo foi por Londres e de certa forma achei emblemático fazer o trajeto feito pelos colonizadores ingleses durante os duzentos anos do mais inusitado processo de dominação da História, com a minúscula Grã Bretanha dominando um quinto da população do planeta, com um diminuto exército, muito glamour e, sobretudo, autoconfiança, derivada da, para os ingleses, indubitável superioridade.
A julgar pelo voo da British Airways, esta tal superioridade, se alguma vez existiu, acabou.
Estou animado com a possibilidade de voltar à Índia, onde estive há 23 anos. E confiante que serão dias muito interessantes, para dizer o mínimo.
Hoje já tive uma febre do que serão estes dias por aqui. No melhor estilo não tenho tempo a perder, de manhã fui direto do aeroporto para Agra, conhecer o Taj Mahal. Eu e mais dois amigos, Luiz e Marcelo, que estão aqui para as mesmas atividades que eu.
O Taj Mahal é de fato impressionante. Eleita como uma das sete maravilhas do mundo contemporâneo, apenas lamentei a visita ter sido rápida, já que Agra, a cidade onde ele está localizado, fica a 250 km de Deli. Tivemos menos de três horas de visita. Mas já valeu!
Taja Mahal, gente e sol se pondo.
O que é o Taj Mahal? Um Mausoléu. Um Rei mongólico, povo que dominou a Índia ainda antes dos britânicos, perdeu uma das suas três mulheres, dizem que a que ele mais gostava. Ela morreu em trabalho de parto e no leito de morte ele prometeu construir um túmulo que não permitiria que a memória dela fosse perdida. O cara era meio doido, mas cumpridor de promessas. O Taj Mahal é visitado por dezenas de milhares de pessoas diariamente. Claro que muitos turistas estrangeiros, mas a grande maioria dos visitantes são indianos.
Uma das construções laterais, uma Mesquita. e eu!
Não vou ficar aqui descrevendo o monumento. Tem muitos sites que fazem isto muito bem. Vou dizer que me impressionou, é realmente bonito. Como o Rei era muçulmano, a construção segue o padrão árabe. E vamos combinar, os árabes são bons na arquitetura. O que mais gosto é que a suntuosidade vem do trabalho manual, pedras talhadas, mosaicos de pedra, detalhes arquitetônicos como as quatro Torres levemente inclinadas no sentido contrário a construção, para que em caso de alguma tragédia elas não caiam sobre ela. Neste caso a construção em mármore também guarda relação com o adjetivo suntuoso, mas ouro, prata ou pedras preciosas não são vistas.
Mas o que mais me impressionou nem foi a construção, mas as pessoas. Muita gente. Muita. Este país caminha a passos largos para ser o mais populoso do planeta. Hoje tem um bilhão e duzentos milhões de pessoas, “só” cem milhões menos que a China.
As roupas femininas são lindas!
E as pessoas me impressionam não só pela quantidade, mas pelas roupas, cores, educação, comportamento.
No livro que estou lendo aqui sobre a história da libertação da Índia os autores falam da Índia de Gandhi e das “quinhentas mil aldeias”. Claro que o país vem mudando rapidamente e se ocidentalizando, como todo o mundo. Mas, mesmo sem ter visto nada, arrisco dizer que segue sendo o país da diversidade em todos os sentidos. Em suas quinhentas mil aldeias ou equivalentes bairros e favelas contemporâneos segue sendo dos múltiplos aromas, sabores, fisionomias.
Acabei chegando no meu hotel de hoje, bastante simples e localizado em uma zona cêntrica, que me pareceu acolhedora com um visual nada, mas nada acolhedor. É que a mesma descrição que fiz anteriormente tanto instiga quanto assusta. Muita gente de diferentes cores, comidas de rua, gente, fios emaranhados entre os postes, mais gentes, vacas passeando, carros buzinando sem parar, riquixás, bicicletas. É a índia das quinhentas mil tudo...
 Duas noites em avião, quinhentos quilômetros de carro. Vou dormir!

Que atire a primeira pedra quem nunca
foi ridículo na vida...

Mesquita - Taj Mahal

Olha a selfie!!!

Taj Mahal e pessoas.

Um comentário:

  1. Que show as fotos amigo Laércio. Acho lindo o Taj Mahal.Realmente, para um mausoléu, ele é uma belíssima obra de arte. Boa viagem.

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